“(...)Procuramos dirigir nossas leituras da obra de Carroll e suas adaptações, a partir de dois pressupostos complementares: a imaginação ativa e a singularidade das descrições que permitem ao leitor uma experiência única no campo da leitura. Buscamos trazer ambas as definições para que este leitor se capacite a “visualizar as imagens de olhos fechados” e, a partir delas, formar seu “arsenal” profícuo de personagens fantásticos.
Começar do zero — assevera Calvino.
Quem sabe não seria este o caminho para que pudéssemos re-iniciar com propostas aptas a abrirem um espaço de interlocução e conduzir os leitores (sem qualquer tipo de amarra) a uma leitura de fruição, de retorno ao fantástico e ao maravilhoso? Construir uma escola pautada pela alegria e pelo afeto, baseada na reflexão, seria uma utopia? Não. Nossa proposta é por uma sociedade de inclusão em que todos possam participar, democratizando, assim, o saber e repartindo os bens culturais. Que princípios éticos, morais, sociais e igualitários sejam para todos e não para alguns. Uma sociedade inclusiva poderá contar com a história integral de Alice no país das maravilhas para todas as crianças, quer sejam elas de escola pública ou privada. Aqui nutrimos nosso sonho: um lugar em que se “desdobre” a literatura, atraindo o leitor para o desejo e a posse total da significação da linguagem, re-inaugurada a cada dia no seu cotidiano.” ¹ (CASTRO)
¹ Lenir Fátima de Castro (UFF) apresentou este trabalho III Congresso Internacional de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil do Oeste Paulista - "A criança e o livro: das teorias às práticas educativas", realizado na Universidade Estadual Paulista - UNESP/Campus Presidente Prudente, em 28 de agosto de 2006.
Disponível em http://www.dobrasdaleitura.com/revisao/alicesingular.html
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